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Nascimento de Eça de Queirós
José Maria de Eça de Queirós nasce na Praça do Almada, Póvoa de Varzim. É um filho não planeado de José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e Carolina Augusta Pereira d'Eça, nasce clandestino na casa de uns parentes e é batizado sem a presença dos pais. -
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Primeiros anos de vida de Eça de Queirós
Começa por viver com uma ama, que morre cedo. Acaba por ser encaminhado para a casa dos avós paternos até completar 10 anos.
No livro Os Maias, Eça de Queirós recorre à sua experiência de infância para criar a biografia de Carlos da Maia. Ambos sem a presença dos pais na vida e ensinados pelos avós paternos (se bem que Carlos é apenas ensinado pelo avô). -
Ida para o Colégio da Lapa
Eça de Queirós ingressa no Colégio da Lapa, no Porto. Um colégio interno, deixando, portanto, de contactar com a família. Voltando a falar com os pais mais tarde na sua vida. -
Ida para Coimbra
Eça sai do Colégio da Lapa aos 16 anos.
Vai para Coimbra, estudar Direito. Lá conhece Antero de Quental e os restantes membros da futura Questão Coimbrã (José Fontana, Ramalho Ortigão, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins e Jaime Batalha Reis, entre outros). -
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Questão Coimbrã
Uma revolução contra o romantismo em Portugal motivada por vários jovens, estudantes da Universidade de Coimbra. -
Ida para Lisboa
Aos 21 anos, acaba o curso de Direito em Coimbra e volta para Lisboa. Mora na casa dos pais, andar número 26 do Rossio. Em Lisboa, Eça pesquisa e socializa com os amigos do Cenáculo (um grupo de intelectuais de Lisboa). Torna-se o sócio número 19 do Grémio literário. Também se torna o diretor do jornal O Distrito de Évora. -
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Viagem ao Oriente
Eça viaja, acompanhado pelo Conde de Resende, até ao Egito para assistir à abertura do Canal de Suez. Também vai à Palestina. O contacto com a cultura do Egito e da Palestina motiva a sua transição para o realismo e naturalismo. -
Administrador do Concelho
Ida para Leiria na qualidade de administrador do concelho.
Começa a escrever a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, inspirando-se na cidade de Leiria para tal. O livro é apenas publicado em 1875. -
Cônsul no estrangeiro
Vai para Havana, Cuba. Aqui exerce o cargo de cônsul português. -
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Passagem por Inglaterrra
Depois de Havana, segue-se Newcastle e Bristol, Inglaterra. Aqui tem o período de maior produtividade literária da sua vida. Publica O Mandarim e pensa-se que terá começado a trabalhar n'Os Maias. -
Casamento com Emília de Castro
Frequenta a casa do Conde de Resende, onde conhece Emília de Castro e com quem casa.
No período até ao casamento, sabe-se que Eça estava a trabalhar n'Os Maias.
Aos 40 anos, casa-se com a irmã do Conde de Resende, Emília de Castro.
Com a casamento, Eça passa a ser reconhecido, legalmente, como filho dos seus pais.
Teve 4 filhos, Maria (nascida a 16/01/1887), José Maria (nascido a 26/2/1888), António (nascido a 28/12/1889) e Alberto (nascido a 16/04/1894). -
Ida para Paris
Eça para Paris, mais uma vez para ser cônsul de Portugal.
Fica em Paris até à sua morte. No entanto, vai por vezes a Lisboa para estar com os amigos, um grupo apelidado por Os Vencidos da Vida. -
Conclusão d'Os Maias
Vai para Londres por insistência da mulher. Lá, Eça consegue finalmente acabar de escrever a sua maior obra, Os Maias. Inicialmente, Os Maias é visto como um insucesso, muito provavelmente devido à grande critíca da obra. Tanto que, a segunda edição só sai em 1903. -
Primeiro pedaço de terra seu
Vai a Santa Cruz do Douro para visitar umas propriedades pertencentes à herança da mulher. Eça adora a Quinta de Tormes e, pela primeira vez na vida, pode dizer que tem um pedaço de terra seu. Continua a viver em Paris, utilizando a quinta como um refúgio. Em Tormes, Eça encontra inspiração para mais um romance, A Cidade e as Serras. -
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Última visita a Lisboa
Visita, pela última vez, Lisboa. Passeando pelos cenários dos seus livros. -
Morte de Eça de Queirós
Depois de estar na Suiça, a ser acompanhado por médicos, Eça regressa a Paris.
Acaba por morrer, a 16 de agosto de 1900, na sua casa em Neuilly-sur-Seine. Devido a um envelhecimento precoce e a doença.
Tem funeral de estado e honras na imprensa. Era já reconhecido com um dos maiores do seu tempo e um símbolo de Portugal, "nada mau para um vencido da vida".
Está sepultado no cemitério de Santa Cruz do Douro.