Conservação de Recursos Genéticos

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    Percepção da relação "Espécie-Área"

    Na década de 1920, um debate envolvendo o botânico sueco Olof Arrhenius e o ecólogo americano Henry A. Gleason levou à conclusão de que áreas maiores sustentam mais espécies do que áreas menores. O passo seguinte foi dado por Philip Darlington que - em suas pesquisas com besouros, realizadas na década de 1940, nas ilhas de Cuba, Espanhola, Jamaica e Porto Rico - chegou à conclusão de que uma ilha de tamanho dez vezes menor suporta apenas metade das espécies de besouros existentes na maior.
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    Contribuições do Livro de Darwin

    Nesse período, as teorias de Charles Darwin sobre a evolução das espécies e a seleção natural foram confirmadas, o que ficou conhecido como a “grande síntese”, que fez convergir os pontos de vista de biólogos de campo e de geneticistas sobre o modo como se dá a evolução e o surgimento de novas espécies.
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    Conceitos importantes para a relação "Espécie-Área"

    Entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1960, Frank Preston estabeleceu alguns dos conceitos mais importantes para o entendimento da relação espécies-área. Entre eles estão os de “unidade de amostra” – um grupo de espécies ou um trecho da paisagem que é parte de um todo maior – e “unidade isolada” – um grupo de espécies segregado ou uma parte isolada da paisagem, tais como ilhas ou fragmentos de florestas remanescentes em meio a paisagens dominadas por cultivos agrícolas.
  • O fator "Distância" é agregado à relação "Espécie-Área"

    Publicação, em 1967, do livro The Theory of Island Biogeography, de Robert H. MacArthur e Edward O. Wilson demonstra que a quantidade de espécies em determinada ilha varia de acordo com a sua área – efeito área – e com a distância de grandes massas de terra, como os continentes ou mesmo ilhas maiores – efeito distância. Nele fica demonstrado que ilhas remotas abrigam menos espécies, porque elas sofrem a mesma quantidade de extinções e recebem menos imigrantes.
  • Diversidade Biológica

    O termo diversidade biológica apareceu precocemente, em 1968, no livro A Different Kind of Country, de autoria do cientista e conservacionista Raymond F. Dasmann. Entretanto, foi só na década de 1980 que o seu uso se tornou mais corrente no jargão científico.
  • A ideia de Relaxação para o equilíbrio.

    Jared Diamond afirmava que uma reserva isolada em período recente poderia comportar por algum tempo uma quantidade de espécies maior do que seu número de equilíbrio, mas que essas espécies excedentes desapareceriam por um processo de relaxação para o equilíbrio. O ritmo desse processo, segundo ele, era mais rápido nas reservas menores. Ele notava também que espécies diferentes necessitam de áreas mínimas diferentes para sustentar um aumento de população.
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    Debate SLOSS: Uma área grande ou várias áreas pequenas?

    O ano de 1976 marcou o início do debate SLOSS – single large or several small. Daniel Simberloff e Lawrence Abele desencadearam a polêmica com o artigo Island biogeography theory and conservation practice, publicado na revista Science. Eles argumentavam, sobretudo, contra as generalizações, defendendo a ideia de que pequenas reservas isoladas poderiam eventualmente conter maior número de espécies do que uma única grande. Cabia avaliar caso a caso.
  • Atenção para o processo de extinção.

    Norman Myers, ecólogo e ambientalista inglês, publicou, em 1979, o livro The Sinking Ark: A New Look at the Problem of Disappearing Species. Ele discutia um tema familiar aos ecólogos: a extinção. Mas, ao chamar a atenção para a sua relação com a destruição de habitats pelo planeta, sobretudo a devastação das florestas tropicais, alertava para o fato de que a taxa de extinção de espécies estava muito acima do que seria esperado no desenrolar do processo evolutivo.
  • EMBRAPA inicia a conservação de Recursos Genéticos Animais

  • Fundação da Society for Conservation Biology

    A Society for Conservation Biology (SCB) foi fundada em 1985, e em 1987 foi publicado o primeiro número da revista Conservation Biology, que logo se tornou o principal veículo de divulgação científica e debate sobre as questões relacionadas com a biodiversidade.
  • Um alerta de preocupação com a conservação.

    Daniel H. Janzen (1986), no artigo The Future of Tropical Ecology, exortou os ecologistas a empreenderem o ativismo político necessário à conservação. Ele expressava um estado de espírito já bastante difundido entre ecólogos, biólogos da conservação, sistematas, botânicos e zoólogos. A biologia da conservação se tornou a principal arena para a reflexão e o debate teórico sobre as questões relacionadas com a conservação, e a biodiversidade, seu principal foco.
  • Aparição do termo "Biodiversidade"

    Biodiversidade é a forma contraída de diversidade biológica e apareceu pela primeira vez em uma publicação em 1988, justamente no livro organizado pelo prestigiado biólogo Edward O. Wilson que trazia os resultados do National Forum on BioDiversity.
  • ECO-92

    a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, foi lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Nela se chegou a uma definição bastante ampla e funcional de diversidade biológica ou biodiversidade, abrangendo-se três níveis: diversidade de espécies, diversidade genética e diversidade de ecossistemas.
  • Aparições do termo "Biodiversidade" se tornam mais frequentes.

    Sarkar (2002) observa que, em 1988, biodiversidade não aparece nenhuma vez como palavra chave nos abstracts de revistas da área de biologia, enquanto que diversidade biológica aparece apenas uma vez. Já em 1993, ele conta 72 aparições para biodiversidade e 19 para diversidade biológica.
  • EMBRAPA desenvolve os primeiros clones bovinos da América Latina

  • Medida Provisória 2186/2001

    Marco Regulatório: Dispõe sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição de Benefícios.
  • Protocolo de Nagoya

    O acordo foi criado pela Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em sua décima reunião (COP 10), que ocorreu em 29 de outubro de 2010, em Nagoya, no Japão, e entrou em vigor em 12 de outubro de 2014. O Brasil é um dos quase 100 países que assinaram o protocolo, porém ainda não o ratificou. Com isso, apesar de signatário, não participa efetivamente do tratado, o que tem gerado críticas de especialistas.
  • Assinatura do Protocolo de Nagoya

    O Brasil é um dos quase 100 países que assinaram o protocolo, porém ainda não o ratificou. Com isso, apesar de signatário, não participa efetivamente do tratado, o que tem gerado críticas de especialistas.
  • Lei de Biodiversidade

    Entrou em vigor a nova Lei da Biodiversidade, Lei 13.123/2015.